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16 setembro 2010

Na casa da infância
andava pelos quartos de portas abertas
espaço onde o fantasma de minha avó gargalhava
entre os lençóis.
Só eu via a avó vagando absorta
recitando versos desconexos
olhos de azul perdido
no tempo das fogueiras na praça da Matriz.
Na casa da infância também andava pelo jardim
de espinhos e urtigas.
As rosas despetaladas a cada crepúsculo.
Na casa da infância andava entre os sonhos
de ser poeta.
(AuGraca, 2010)

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