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07 novembro 2010

@HSchopenhauer_

  Pássaros arrastam-me pelos pés/ fios de linha sobre o corpo quieto/ moeda de troca é a cabeça/ a visão ocre das coisas me oprime em tempo.

A idéia da noite é o homem que parte em um carro/ Deixa o balde de vísceras/ E o bilhete manchado de sangue/ Lerei meu nome ou a liberdade? 28/10/2010

Passo a noite em claro/ ratos entrando e saindo de meus ouvidos/ chama-me a minha mãe com as mãos em fogo/ desenho em minhas cinzas.

Converso com elefantes deitados à soleira/ caolhos, as patas em chagas/ contam-me do tempo em que havia sol/ convidam-me a descer a escada.
 
O som do vinco da folha que desdobro é o choro da criança que há pouco morreu de fome.(07/10/2010)

O homem sem mãos espia atrás da porta/ um assobio cria o espaço/ subo nos ombros da alucinação/ vejo longe. (03/10/2010)

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