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07 fevereiro 2007

DESCUIDO



Pelas paredes como lágrimas
a chuva inesperada se derrama
sem aviso
e transborda
pelos meus olhos ressecados
de mágoas e desejos

Pelas paredes como lágrimas
a chuva inesperada entrega-se
à compaixão dos que atônitos
miram suas gotas opacas
frágeis bolhas líquidas
contidos flagelos
de todas as paixões excluídas.
(Aurora da Graça, 2007)

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