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07 janeiro 2011




Me vejo  sob as estrelas
muito antes que o dia
tranque as portas do poente
antes que meu corpo se entenda
para a vigília que a noite exige.

Céu de névoa
esquivado nas dobras da noite
nenhum risco de claridade
nada
que possa te decifrar.

Celas de silêncio
elos de mistério
tudo
circunscreve tua mudez.

Onde pousar minha fala?
Noite avara!
Se negas vinco / ranhura / dobra seca.

(AuGraca, 29dez2010)

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