12 dezembro 2009
07 outubro 2009
DECISÃO
Não guardarei mais os poemas no baú
recitarei nas praças e botequins.
Todos saberão que fui poeta às escondidas.
recitarei nas praças e botequins.
Todos saberão que fui poeta às escondidas.
11 setembro 2009

ARREBENTAÇÃO
A noite avança sem pedir licença
absoluta
sem dizer a que veio.
A noite é lugar oculto
para a voz
para o sono
para o obscuro
pensar.
A noite estende o pano negro
da melancolia disfarçada e inútil
estado de voraz decifração do nada.
A noite aponta o que longe não se vê
dedos de névoa
escafandro
limite
paraíso de segredos
senhora dos desejos
“breu do ciúme”
cais despedaçado.
Noite!
Nenhuma água te lava.
A noite avança sem pedir licença
absoluta
sem dizer a que veio.
A noite é lugar oculto
para a voz
para o sono
para o obscuro
pensar.
A noite estende o pano negro
da melancolia disfarçada e inútil
estado de voraz decifração do nada.
A noite aponta o que longe não se vê
dedos de névoa
escafandro
limite
paraíso de segredos
senhora dos desejos
“breu do ciúme”
cais despedaçado.
Noite!
Nenhuma água te lava.
(Aurora da Graça, 2009)
AURORA
http://www.copacabanadetoledo.blogger.com.br/
A claridade nos açoita
homônima de mim
aurora
esplendor da manhã
vem do fundo do breu
como de seu avesso
entranhado na cúpula
da noite.
homônima de mim
aurora
esplendor da manhã
vem do fundo do breu
como de seu avesso
entranhado na cúpula
da noite.
(Aurora da Graça, 2009)
02 setembro 2009
Um poema
O poema de Helena S.
A palavra morta
me cai da boca
que outrora viva
o pensamento
na palavra estreita.
Finge a alma
não tenho mais os dias que vivi
sem razão
sem desrazão
cresci de palavras
só
o mundo vigiava
as voltas
do meu tormento.
Conto as gotas
como dias que hei de beber
sem água
nada me devolve a visão
que um dia me lavou o rosto
fazendo-me acordar e mais nada.
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