Soneto de Infidelidade
(Para Marcia, minha eternidade)
(Fernando Chuí)
De tudo em ti, o que eu mais desejo
é justo o que eu ainda desconheço.
Da flor, o ocaso; o pólen de um começo
que te faz renascer a cada beijo.
Daquela que eu amei noutro festejo
o que restou eu hoje já me esqueço.
A tua nova pele hoje eu teço
e já não és a mesma quando eu vejo.
Confesso meu deslize e falo sério:
Te traio com ti mesma todo dia
e espero então que me traias de volta.
Pois a paixão de ontem é vazia.
Mortal e eterno o amor é uma revolta
que arde os nossos corpos no mistério.
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