A
palmeira de raízes no Império
sombreava
a casa a relva o sonho
da
mulher enfraquecida
desatada
de exagero e pompa.
Entre
muros e telhas
alinhou
suas palmas
esquivou-se
das ventanias
não
vergou seu porte
hirto
resquício
de realeza.
Encravada
escora a noite
estremece
aos frios da madrugada
alteia
suas palmas quando avista o sol.
*
vida
vegetal
vida
efêmera
*
Desavisada
entrega
seu corpo ao corte
sem
acenos para a mulher enfraquecida
*
reparte-se
em silêncio
troncos
revirados na relva
charco
de mil lágrimas
entre
muros e telhas.
(AuGraca_20/06/2012)
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