Na casa velha
a mulher exibe sua idade de séculos
face devastada e braços carcomidos
na casa velha
panelas de alumínio ou barro
arreiam suas tampas na fome
que a fervura consome
além das brasas
na parede
o calendário defasado aponta o futuro
contemplado na soma da esperança diária.
(AuGraca, 2011)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Oi, Aurora ! Gostei da resenha do Alex. Fiquei com desejo por conhecer mais sobre sua poesia, AuGraça. Noto que o blog está um tanto esquecido. Parado no tempo. Mas sempre há tempo para um blog, não? Aproveito ainda o sopro da sorte que aqui me trouxe nas asas do agradecimento que Márcia Tiburi lhe fez no twitter e deixo o convide para que leia em meu humilde blog. Mas não gostaria que lesse nas últimas postagens, pois elas são a agonia de minha escrita. Os dias que não quero escrever de verdade. Mas antes leia o que escrevi no ano passado que me matou o ímpeto. Abraço! Prazer em conhecer.
Jeferson Cardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com/
Postar um comentário