23 fevereiro 2010
UNGUENTO E SAL
(Desenho de Marcia Tiburi, 2010)
A moça arranca a venda
olhos descobertos
brilho do mel ocultado nas retinas.
(In)voluntariamente
despe o agasalho escuro
desnuda braços e mente
abstrai o que tolda a luz
cravada no cadinho medieval.
Mostra-se.
2
O destino troca ungüento por sal
goteja desmarcado na ferida isolada
o sangue incolor não revela
a dor.
Aurora da Graça, fev. 2010)
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