“Deixei sinais do meu asilo no seu corpo
Nossos olhos de antes entrelaçados
aves
hoje voam sem coragem
além do sempre onde fomos colocados,
eu, você e as cartas do impossível
nada que apague o amanhã
nada que apague o amanhã
em sonhos descorados
com que esperei-te um dia na janela
e minha casa era seu corpo
e suas mãos roubavam o meu tempo
agora é só o lamento da rima lassa
onde me lembro
o dó
e ainda que eu te beije,
não te vejo.”
(Helena Schopenhauer Borges)
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