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21 junho 2012



A palmeira de raízes no Império
sombreava a casa a relva o sonho
da mulher enfraquecida
desatada de exagero e pompa.
Entre muros e telhas
alinhou suas palmas
esquivou-se das ventanias
não vergou seu porte
hirto
resquício de realeza.
Encravada escora a noite
estremece aos frios da madrugada
alteia suas palmas quando avista o sol.
*
vida vegetal
vida efêmera
*
Desavisada
entrega seu corpo ao corte
sem acenos para a mulher enfraquecida
*
reparte-se em silêncio
troncos revirados na relva
charco de mil lágrimas
entre muros e telhas.

(AuGraca_20/06/2012)