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30 abril 2012


nimbus
FRAGMENTOS (AuGraca, inéditos, 2012)

A lâmina imaginária ronda o corpo.
Em qualquer fresta fincará o gume.

O anjo de asas leves
sobrevoa o silêncio das calçadas.
Não há rastro e não há voz.
A tarde sobrevive muda.

No vazio
corre o tempo incerto de um corisco.



Beco da Prensa, São Luís, MA

Um olho diz para o outro:
Varei a madrugada! Perdi a dobra do sono.



A alma cega se apóia nas estrelas.
A imaginação é a luz.

Abri os braços.
O tempo queria vaga para dormir.
 (AuGraca, inéditos, 2012)