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24 agosto 2010

O TEMPO GUARDADO DAS PEQUENAS FELICIDADES

Cara Aurora,
De vez em quando vou lá nos seus poemas e sempre encontro a sua poesia que é macia como uma chuva caindo no fim da tarde e forte como as marés de agosto, poesia-experiência, experiência transformada em palavra poética! nela não tem aqueles truquinhos poéticos, é poesia mesmo, poesia ligada à vida, mas com uma bela forma, um ritmo de acalanto, com um erotismo muito discreto, feito de coisas apenas sugeridas! foi uma boa surpresa encontrar a epígrafe com aquelas palavras minhas e lê-las com outros olhos, depois de tanto tempo...Abraço fraterno e parabéns pelo belo livro
Luís Inácio

19 agosto 2010

ILUSÃO

Caco de espelho
hexágono
pontas de luz.
E por dentro
um eu de lata
forja o salto
para ver-se
mover-se
entre o que é
e o que sonha.
2
Eu contido
véspera
aço
ferrugem
lata
prisão
nas pontas cegas
ofuscadas
de tanta luz.

(AuGraca, 2010)