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29 maio 2010

ENGANOS

O dia novo mal sai das nuvens
e o poema mortificado
implora silabas.
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Herdei as vestes negras
código para mover-me
indiscernível
no corpo da noite
por dentro de mim
enganos abortados
e a palavra
sem sair da boca
reinventa- se nas dobras secretas
_ boca sagrada.















BAIXA-MAR
O mar é avaro em suas águas
limita à lama a onda tímida
vai-e-vem interminável
sal e algas
água-viva/fogo líquido/veneno azul
arde no corpo.
(AuGraca, 2010)

28 maio 2010

MEU DIA DE CREUZA

http://www.youtube.com/watch?v=SLsiHv__AqQ&feature=player_embedded

19 maio 2010

Vi mais do que a retina pode
vejo ontem.
(AuGraca, 2010)
A farpa escolhe a pele
na aparência do avesso
dali
remove o segredo.
Na fala silenciosa do corpo
o suor dita o desejo.
AuGraca, 2010)

18 maio 2010










Quando amanhece
o poema crava suas mãos de alfinete
me entontece
não se importa com o nada.
Espreita minhas mãos
tato incauto no teclado
advinha as linhas apagadas
sem exatidão gramatical
dança no obscuro
diz silenciosamente
que o dia é vindo.









A máscara de papel ou seda
estampa o rosto. Recalcado
revela-se
sobrevivente
imagem reinventada
na luz do spot.
Prazer de ver
nos olhos
mudez de silenciosa causa
na boca.
Improvisar-se.
O gesto inclui o mitigado olhar sem ilusão.

10 maio 2010













"O mar inteiro não é bastante
para o que há em mim de tanta sede."
(Luís Inácio Oliveira)












“Conheci de perto teus ermos e não tive medo
já nos debruçamos – ávidos, suaves – sobre esse
manso abismo.”
(Luís Inácio Oliveira Costa)

08 maio 2010

SÁBADO




Acordo com cara de sábado
no fundo do poço do elevador
um grito
meu nome
copio o lado silencioso
colo na porta para iludir visitas.
(Marcia Tiburi on Twitter)

03 maio 2010

POEMA DESAVISADO

(desenho Chui_Tiburi, Série Bitchos)
Na boca
o ódio amarga
a fala das palavras
ditas
inoculam a nódoa que dilacera
o silêncio
no silêncio
tudo está dito
o afeto some nos laços desatados.
(AuGraca, 2010)